Mitos da Nutrição: conheça 6 muito comuns.
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Mitos da Nutrição: saiba o que verdadeiro ou falso

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Sabe aquelas informações sobre nutrição que todo mundo já ouviu ou leu por aí, e se pergunta até que ponto são mesmo verdade ou não passam de fake news? Então, só para você ter uma ideia do que eu estou falando, aqui vão algumas dúvidas comuns: o que é melhor para a saúde? Batata inglesa ou batata doce? Tapioca ou pão integral? Pão industrializado ou pão de fermentação natural? Carne de frango tem mesmo hormônio? Comer ovos aumenta o colesterol? Vale a pena pagar mais caro pela manteiga ghee? Descubra aqui quais são alguns dos mitos da nutrição.



Mitos da Nutrição

O que é melhor: batata inglesa x batata doce

Mitos da Nutrição

Acho que ultimamente todo mundo já deve ter ouvido que comer batata doce é indispensável para o ganho muscular, emagrecimento e boa saúde. Mas será mesmo? E a batata inglesa? Essa faz mesmo mal para a saúde?

Esse é um mito que realmente vale a pena ser quebrado. As batatas doce e inglesa como raiz e tubérculo têm mesmo algumas diferenças entre si. A batata doce tem um menor índice glicêmico (IG), que é a velocidade com que a taxa de glicose sobe no sangue após a ingestão do alimento.

Mas, em se tratando de uma dieta para a perda de peso, essa diferença no IG, que é mínima, não justifica a ideia de que por isso a batata doce é bem-vinda e a inglesa não.

O fato é que os dois tipos de batata são fontes de carboidratos (ambos ricos em amido). E, para você ter uma ideia, a quantidade de carboidratos da batata doce em relação a inglesa, em 100 g do alimento cozido, é até um pouco maior. A batata doce tem cerca de 5 g a mais de carboidratos do que a inglesa.

O que faz o índice glicêmico da batata doce ser um pouco menor do que o da inglesa é a presença de maior quantidade de fibras, mas essa diferença é pequena.

A batata inglesa também têm fibras. Além disso, ganha da doce na concentração de proteínas, ferro e potássio. Por outro lado, a batata doce tem mais ß-carotenoides, um antioxidante, do que a batata inglesa.


Super dica

Enfim, a principal dica nesse caso é revezar entre os dois tipos de batata para obter todos os benefícios.

Contudo, se você está fazendo uma dieta para perda de peso ou tem problemas com sua glicemia, é importante que o consumo de qualquer batata seja muito bem controlado. Procure um bom profissional para ajudar você nessa tarefa.

Talvez você deva mesmo evitar as batatas por um período, pelo menos até que seu peso abaixe ou até que você consiga atingir uma glicemia média mais dentro da faixa de referência.

Mas se você não tem problemas com sua glicemia e se está no peso adequado, alterne entre as duas, sem neuras desnecessárias. São ótimos alimentos, além de muito gostosos. Só evite consumi-los fritos.



Mitos da nutrição: tapioca x pão integral

A tapioca é mesmo fit? Bem, comparando os dois alimentos, a tapioca tem a vantagem de não ter glúten na sua composição. O glúten é uma proteína presente em alimentos derivados do trigo, centeio, aveia e cevada. Como a tapioca é produzida a partir fécula de mandioca, então, não tem glúten. Assim, no caso de pessoas com doença celíaca ou intolerância ao glúten, a tapioca é sem dúvida uma ótima opção ao pão.

Mas, quanto ao teor de carboidratos, ambos, tapioca e pão integral são muito semelhantes. Ou seja, para uma dieta que visa o emagrecimento ou para diabéticos, ambos podem não ser a melhor opção.

Para diabéticos e outras pessoas que precisam controlar a glicemia, a tapioca é tão preocupante quanto o pão. E isso independe do pão ser feito com farinha branca ou integral. A quantidade de carboidratos nos dois é muito semelhante. Pão integral pode até ter um pouco mais de fibras do que a versão feita com farinha refinada (branca), mas não tanto assim para justificar seu consumo por pessoas com certas doenças.

Mas, a tapioca pode ser mais interessante do que o pão industrializado, porque ela é um alimento mais simples. Na lista de ingredientes desse produto, geralmente, tem apenas dois ingredientes: fécula de mandioca e água. Já o pão industrializado pode ter uma lista de ingredientes gigante, com muitos aditivos para conservar, mistura de farinhas menos nutritivas, gordura vegetal hidrogenada, entre outros.

Enfim, se você não está precisando emagrecer, nem tem diabetes ou síndrome metabólica, nem intolerância ao glúten ou doença celíaca, você pode consumir um ou outro de vez em quando. São alimentos equivalentes em termos de calorias e teor de carboidratos.

O ideal para uma alimentação saudável é sempre variar os alimentos, para ter acesso aos diferentes nutrientes que cada um fornece.



Mitos da nutrição: pão industrializado x pão de fermentação natural

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Em relação ao teor de carboidratos os dois são muito semelhantes. A vantagem do pão de fermentação natural está na melhor digestibilidade do trigo. O fato de se ter o fermento biológico atuando sobre esse trigo por mais tempo (pode atingir até 24 horas) resulta em um produto muito diferente daquele em que a fermentação é química e adicionada de outros aditivos, e que ocorre por poucos minutos antes da massa ser colocada para assar.

O fermento biológico se constitui de leveduras, micro-organismos que têm uma ação positiva sobre o alimento. As leveduras agem também sobre o glúten, pré-digerindo essa proteína, facilitando dessa forma o trabalho do nosso organismo. Assim, muitas pessoas que têm intolerância ao glúten (não doença celíaca), quando comem um pão de fermentação natural, não apresentam sintomas como inchaço abdominal e dor.

Confira também o post: Mas esse pão de forma é integral mesmo?



Hormônio na carne de frango não orgânica?

Carne de frango tem hormônio?

Esse costuma ser um assunto polêmico, mas ao contrário do que muita gente acredita, não há concentrações fora do comum de hormônios na carne de frango não orgânica. Afinal os hormônios são caros, então, não seria economicamente viável usá-lo nas criações dos animais. Isso é realmente um mito. Os frangos de granja são maiores devido a seleção genética, não devido a ingestão de hormônios.



Mito da nutrição: ovos x colesterol

Mitos da nutrição.

As pesquisas mais recentes afirmam que o consumo de 1 a 3 ovos por dia, em geral, não interfere no mau-colesterol (o LDL). E ainda aumenta o colesterol bom ou HDL. Apenas 30% das pessoas que consomem ovos todos os dias costumam ter um pequeno aumento no LDL, porém, as partículas que aumentam são as grandes, que não são consideradas aterogênicas. As partículas de LDL pequenas e densas é que têm o potencial de se acumularem nas lesões dos vasos sanguíneos, podendo levar ao entupimento e essas não são provenientes do consumo diário de ovos.

Veja também o post Ovo: tudo o que você precisa saber sobre esse alimento completo.



Mitos da nutrição: manteiga ghee x manteiga comum

Vale a pena pagar caro pela manteiga ghee?

A manteiga ghee nada mais é do que a manteiga comum clarificada. Esse processo de clarificação é simples, tanto que dá para fazer em qualquer cozinha. Você só precisa levar a manteiga ao fogo baixo e ir tirando com uma escumadeira a espuma que vai se formando na superfície. Essa espuma tem a lactose e proteínas do leite, que já são encontrados apenas em pequenas quantidades na manteiga comum.

A manteiga ghee, portanto, é a mesma coisa que a manteiga comum, só que apresenta basicamente apenas gorduras. A manteiga comum além da gordura tem pequeníssimas quantidades de lactose e proteínas.

Portanto, não vale a pena pagar caro pela manteiga ghee, mesmo se você for intolerante a lactose. A quantidade de lactose presente na manteiga comum já é bem pouca e geralmente não causa problemas.

A única vantagem da ghee está no seu “ponto de fusão“. Como foram retirados praticamente toda a lactose e as proteínas, ficando somente a gordura, essa resiste mais a altas temperaturas sem se queimar, não produzindo fumaça. Então, só vale a pena pagar pela ghee se for para cozinhar com ela. Para comer a temperatura ambiente ou gelada, não se justifica.

Veja também o post: Alimentos fontes de cálcio e sem lactose.

Enfim, por hoje é só!

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